Aneel reduz bandeira tarifária de energia em novembro
Volta das chuvas pesou na decisão, mas a cobrança extra de R$ 1,885 por cada 100 kWh continua
A melhoria nas condições climáticas e o aumento do volume de chuvas levaram a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a revisar a bandeira tarifária para novembro, que será amarela. Isso implica em uma cobrança extra de R$ 1,885 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. Após dois meses em nível vermelho, a mudança traz alívio aos consumidores. A mudança foi anunciada no início da noite de ontem (25/10).
Em outubro, a bandeira estava no nível vermelho patamar 2, a tarifa mais alta, com uma cobrança de R$ 7,877 por 100 kWh. Desde agosto de 2021, essa tarifa não havia sido acionada. Apesar da redução, a Aneel alerta que a previsão de chuvas e vazões nas regiões das hidrelétricas ainda está abaixo da média, o que justifica a cobrança adicional para cobrir os custos da geração termelétrica.
As bandeiras tarifárias, introduzidas em 2015, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica no Brasil. Elas são classificadas em três níveis: verde, amarela e vermelha, cada uma com diferentes implicações financeiras para os consumidores. Quando a bandeira é verde, não há acréscimos na conta. Já nas bandeiras amarela e vermelha, são aplicados valores adicionais que podem impactar significativamente o orçamento familiar e empresarial.
Desde abril de 2022, o Brasil havia vivido uma sequência de bandeiras verdes, mas essa série foi interrompida por eventos climáticos adversos que resultaram na bandeira vermelha em setembro. O sistema interligado nacional (SIN) cobre praticamente todo o país, exceto algumas áreas isoladas da Região Norte e Mato Grosso, onde a demanda por energia elétrica é suprida por térmicas a óleo diesel.
A Aneel destaca que as bandeiras tarifárias permitem aos consumidores um papel mais ativo na gestão de sua conta de energia elétrica. “Ao saber que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para reduzir o valor da conta”, afirma a agência.
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