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Foto do escritorRedação

Audiência Pública em Corumbá discute os impactos dos incêndios no Pantanal

Hoje (12), também acontece um seminário sobre a defesa

dos territórios e da sociobiodiversidade do Pantanal


Nesta quarta-feira (13/11), será realizada em Corumbá uma audiência pública para discutir os impactos dos incêndios no Pantanal nas comunidades pantaneiras. O evento, que acontece às 9h no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), será uma oportunidade para debater as consequências devastadoras dos incêndios para a saúde, a segurança alimentar, o modo de vida e a renda das comunidades tradicionais pantaneiras.

incêndio no Pantanal em 2024
Audiência pública em Corumbá debate os efeitos dos incêndios no Pantanal - Foto: Bruno Rezende/SecomMS

A audiência, em parceria com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), e proposta pela deputada Gleice Jane (PT), busca dar voz aos moradores do Pantanal, que enfrentam uma das maiores crises ambientais da história do bioma.


Em 2024, o Pantanal Sul-Mato-Grossense registrou o maior número de focos de incêndio desde 1998, com 2.333 alertas de queimadas, representando um aumento alarmante de 1.628% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


Os incêndios no Pantanal têm destruído vastas áreas de vegetação e habitats naturais, comprometendo a fauna e flora da região, além de afetar a vida de milhares de pessoas que dependem do bioma para sua sobrevivência. As comunidades tradicionais, como as ribeirinhas, são as mais impactadas.


A deputada Gleice Jane, iniciou, no domingo (10), uma viagem de barco pelo Rio Paraguai até Corumbá, com o objetivo de ouvir as comunidades afetadas pelos incêndios e pela seca prolongada, além de dialogar com servidores e voluntários que atuam na região.


Crise climática e incêndios


Os incêndios no Pantanal têm se tornado um problema ambiental e de saúde pública cada vez mais difícil de se combater, com mais de 85% dos focos ocorrendo em propriedades privadas, muitas vezes em atividades ilegais, como a queimada para a limpeza de pastagens.


A prática ilegal tem afetado não apenas o meio ambiente, mas também os animais da região, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o tamanduá-bandeira. Em 2020, mais de 22 mil km² foram destruídos pelas chamas, resultando na morte de cerca de 17 milhões de animais, de acordo com o ICMBio.


A deputada destaca que, além de buscar soluções imediatas para as comunidades afetadas, é fundamental adotar políticas públicas que garantam a preservação do Pantanal e a proteção das populações locais. Para a deputada, a defesa do bioma é uma causa de justiça social e ambiental. "Precisamos unir forças para garantir a sobrevivência do Pantanal e das comunidades que lá vivem", afirma a parlamentar.


Programação


Além da audiência pública na quarta-feira, que contará com a participação de representantes da sociedade civil, movimentos sociais e instituições públicas, o evento terá, ainda, um seminário nesta terça (12), sobre a defesa dos territórios e da sociobiodiversidade do Pantanal, com foco na resistência contra os incêndios e nas alternativas de produção sustentável, como a agroecologia.


A audiência é aberta ao público e busca reunir soluções para as questões ambientais, sociais e econômicas que afetam as comunidades pantaneiras, e será uma importante oportunidade para engajar a sociedade na proteção do Pantanal e na promoção de um futuro mais sustentável para o bioma e suas populações.


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