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Foto do escritorCristina Viduani

Audiência pública no Senado vai discutir apoio e rejeição da extrema-direita na América do Sul

O fenômeno político do avanço da extrema-direita ocorre também em parte do mundo


Nesta terça-feira (12/11), a Comissão de Defesa da Democracia (CDD) aprovou requerimento para a realização de uma audiência pública sobre os impactos políticos da ascensão da extrema-direita no Brasil, Chile e Argentina. A proposta, apresentada pela presidente da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), visa debater, em formato híbrido, as consequências desse movimento político para as democracias latino-americanas. O evento ocorrerá ainda este ano, permitindo a participação tanto presencial quanto virtual de especialistas e representantes internacionais.

Presidente da CDD, Eliziane Gama
Presidente da CDD, Eliziane Gama, quer avaliar impactos da extrema-direita no Brasil, na Argentina e no Chile - Foto: Waldemir Barreto/Arquivo Agência Senado

De acordo com o requerimento, a crescente influência da extrema-direita tem gerado preocupação em nível global, afetando desde democracias jovens até as mais consolidadas. A senadora Eliziane Gama destacou que o objetivo da audiência é compreender as características desses movimentos radicais e suas implicações para as instituições democráticas no Brasil, Chile e Argentina.


Além disso, a proposta busca promover um intercâmbio de políticas públicas e práticas de proteção aos direitos humanos e às instituições democráticas na América Latina.


Mundo


Segundo o historiador e doutor em Letras, Henrique Canary, o aumento da influência da extrema-direita no cenário global está diretamente ligado à crise econômica de 2008. Para Canary, o colapso financeiro originado pela falência dos bancos norte-americanos desencadeou um crescimento vertiginoso dos movimentos neofascistas. Este fenômeno foi impulsionado pela crise do capitalismo ocidental, que abriu espaço para a ascensão de novos poderes emergentes, como China, Rússia e Brasil.


O jornalista e filósofo Alejandro Pérez Polo, mestre pela Universidade de Paris, também analisa esse impacto. Ele acredita que o colapso do sistema financeiro global em 2008 alterou a dinâmica geopolítica mundial. "A crise arrastou as potências alinhadas aos Estados Unidos, enquanto as economias emergentes aproveitaram a fragilidade ocidental para expandir sua influência", afirma.


Polo aponta que, com o enfraquecimento dos Estados Unidos, um novo cenário global foi configurado, dando origem a um realinhamento de potências e fortalecendo movimentos populistas e extremistas em diversas regiões, sempre baseadas no medo.


Este novo cenário político tem repercussões significativas para a América Latina, onde as instituições democráticas enfrentam desafios frente à onda de crescimento da extrema-direita.


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