Como o desrespeito e a discriminação afetam as escolhas de consumo
Pesquisa mostra que 2 em cada 10 consumidores já boicotaram ou criticaram alguma marca nas redes sociais
Recente pesquisa da Nexus, revela que o desrespeito e a discriminação têm um impacto significativo no comportamento do consumidor brasileiro. Segundo o estudo “Reputação das Marcas: O Que Move o Comportamento dos Brasileiros”, 47% dos entrevistados já deixaram de comprar produtos de marcas envolvidas em episódios de discriminação. Esse descontentamento pode ser resultado de atitudes discriminatórias, como racismo e homofobia, ou de polêmicas nas redes sociais.
O levantamento também mostra que 59% dos consumidores já boicotaram empresas por não alinhamento político ou por posicionamentos inadequados. “Isso demonstra que 6 em cada 10 brasileiros retaliam marcas cujas ações não estão em sintonia com seus valores”, explica André Jacomo, Diretor de Pesquisa da Nexus. Ele alerta que a reputação das marcas deve ser cuidadosamente gerida, já que erros podem resultar em perdas financeiras significativas.
Além de desrespeito e discriminação, a pesquisa identificou outros fatores que influenciam a decisão de compra, como 42% dos entrevistados que boicotam marcas acusadas de corrupção e 32% que evitam aquelas com impacto ambiental negativo.
Alessandro Mancio de Camargo, professor de Marketing do Senac EAD, destaca a crescente consciência cultural dos consumidores, que hoje alinham suas escolhas de compra aos seus princípios pessoais.
Cancelamento
Outro dado mostra que 19% dos brasileiros admitiram já ter "cancelado" marcas online, incluindo críticas nas redes sociais. Quase 40% deixaram de seguir empresas após notícias negativas, e 24% compartilharam conteúdo desfavorável sobre elas.
A cultura do cancelamento, que ganhou força com o ativismo social, traz à tona discussões sobre responsabilidade e liberdade de expressão, evidenciando a necessidade de marcas se posicionarem com responsabilidade.
A pesquisa entrevistou 2.006 brasileiros de todas as Unidades da Federação entre 23 e 30 de setembro de 2024, com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança.
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