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Foto do escritorCristina Viduani

De novo: Mercado eleva expectativas para a taxa de juros

Em semana de Copom, previsão é de que Selic suba para 11,25% ao ano


Nesta semana de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro elevou suas previsões para a taxa básica de juros, a Selic, projetando um aumento para 11,25% ao ano. Essa expectativa foi divulgada no Boletim Focus, publicado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (4). A inflação prevista para este ano subiu de 4,55% para 4,59%, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

reunião do Copom em imagem desfocada
Mercado prevê aumento da taxa de juros 11,25%, com inflação em 4,59% - Foto: Divulgação/Banco Central

Na reunião de setembro, o Copom já havia aumentado a Selic para 10,75% ao ano, a primeira alta em mais de dois anos, em resposta à valorização do dólar e incertezas inflacionárias. A última elevação anterior ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após um ano nesse patamar, a Selic sofreu cortes sucessivos até chegar a 10,5% ao ano.


O mercado também projeta que a Selic encerrará 2024 em 11,75% ao ano, com novas reuniões agendadas para 10 e 11 de dezembro. Para 2025, a previsão para a taxa básica aumentou de 11,25% para 11,5% ao ano. Embora haja expectativas de redução da taxa para 2026 e 2027, os analistas ajustaram suas previsões, aumentando-as para 9,75% e 9,25% ao ano, respectivamente.


A Selic é um instrumento crucial do BC para controlar a inflação. Com juros mais altos, o crédito se encarece, desestimulando o consumo e ajudando a conter a demanda aquecida. Quando a Selic é reduzida, o efeito inverso ocorre: o crédito se torna mais acessível, estimulando a economia.


Além disso, pela quinta semana consecutiva, a previsão de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou, indo de 4,55% para 4,59% para este ano. Isso significa que, se confirmado, o IPCA ultrapassará o limite superior da meta de inflação do CMN, que é de 4,5%.


As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foram revisadas para cima, de 3,08% para 3,1% em 2023, refletindo um desempenho robusto da economia brasileira. Em relação ao câmbio, a previsão é que o dólar atinja R$ 5,50 até o final deste ano.


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