Economia de Mato Grosso do Sul deve movimentar mais de R$ 1,2 bi nas festas de fim de ano
Levantamento mostra que 83,49% dos consumidores pretendem comemorar o Natal, enquanto 61,23% planejam comprar presentes
As festas de fim de ano, incluindo o Natal e o Ano Novo, devem impulsionar a economia de Mato Grosso do Sul com uma movimentação de aproximadamente R$ 1,27 bilhão. O montante inclui R$ 837 milhões referentes às comemorações de Natal, com destaque para os R$ 414,8 milhões destinados à compra de presentes e R$ 422,6 milhões para celebrações. No Ano Novo, a previsão de consumo é de R$ 434 milhões, o que representa um aumento significativo em comparação com o ano anterior. Os dados são de pesquisa sazonal realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), em parceria com o Sebrae/MS.
De acordo com Regiane Dedé de Oliveira, economista do IPF-MS, o cenário é altamente otimista. “O consumidor de Mato Grosso do Sul está mais disposto a celebrar, o que impacta diretamente a economia local. O comércio tem uma excelente oportunidade de se preparar para essa alta demanda, oferecendo um bom atendimento e aproveitando o movimento gerado pelas festas de fim de ano”, afirma. O gasto médio com presentes de Natal é estimado em R$ 456, e com as comemorações de Ano Novo, em R$ 340, valores que contribuem significativamente para o crescimento econômico do estado.
Comportamento de Consumo no Natal
A pesquisa revelou que 83,49% dos consumidores sul-mato-grossenses pretendem celebrar o Natal, e 61,23% planejam comprar presentes. Os itens mais procurados incluem roupas (47,82%), calçados (27,82%) e brinquedos (26,42%). O estudo também aponta que a preferência dos consumidores é pela compra em lojas físicas, com 86,81% dos entrevistados optando por esse formato, e 78,68% preferindo comprar no centro das cidades. Regiane destaca que, para os comerciantes, é importante oferecer descontos para pagamentos à vista (70,65%) e garantir a qualidade dos produtos, que é um fator fundamental para 66,61% dos consumidores.
Celebrações de Ano Novo
As comemorações de Ano Novo também têm grande impacto na economia de Mato Grosso do Sul, com 83% da população planejando celebrar a data, especialmente com familiares e amigos (80,98%). O gasto médio com as celebrações de Ano Novo é projetado em R$ 348, com os maiores gastos registrados em Três Lagoas (R$ 515,07), Coxim (R$ 443,92) e Campo Grande (R$ 332,10).
Para Paulo Maciel, analista-técnico do Sebrae/MS, o fim de ano é um período propício para fidelizar clientes e fortalecer a economia local. “As festas de fim de ano são ideais para criar boas experiências para os consumidores, oferecendo descontos para pagamentos à vista e estratégias criativas nas redes sociais, que atraem mais consumidores para o comércio local”, afirma Maciel.
Embora 87% dos consumidores prefiram realizar compras presenciais, muitos também estão atentos às oportunidades online. Os comerciantes devem, portanto, se preparar para atender ambos os públicos. Promoções personalizadas, como descontos progressivos e combos, são estratégias recomendadas para itens mais procurados, como roupas, calçados e brinquedos.
A pesquisa também aponta que 37% dos consumidores planejam presentear filhos e enteados, e que os itens mais procurados são roupas, calçados e brinquedos. O analista Paulo Maciel recomenda que os comerciantes invistam em combos ou descontos progressivos, além de utilizarem as redes sociais para criar uma conexão com os clientes. “Mostrar os bastidores da loja, contar histórias sobre os produtos e criar desafios ou sorteios temáticos de Natal e Ano Novo são estratégias que podem gerar engajamento e atrair mais movimento para o comércio local”, orienta Maciel.
Impacto do 13º Salário
Outro ponto destacado pela pesquisa foi o impacto do 13º salário nas compras de fim de ano. Segundo a pesquisa, 44,27% dos consumidores devem receber o benefício, com 27,48% planejando utilizar o valor para pagar contas e 13,34% para poupar.
Já 11,63% dos entrevistados planejam comprar móveis e eletroeletrônicos, e 10,83% pretendem usar o dinheiro para quitar dívidas atrasadas.
A pesquisa, realizada entre 4 e 12 de novembro em oito municípios do estado, ouviu 1.931 pessoas, com margem de erro de 5% a 6% e nível de confiança de 95%.
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