Em 60 dias, Incêndios Florestais Deixam Mais de Mil Pessoas Desalojadas
Um relatório recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado em nesta quinta-feira (26/09), revelou dados alarmantes sobre os incêndios florestais no Brasil. Nos meses de agosto e setembro, mais de mil pessoas foram desalojadas ou desabrigadas devido a queimadas ilegais que devastaram os principais biomas do país.
Em dois meses críticos, 573 municípios declararam situação de emergência em resposta a esses incêndios. Estima-se que cerca de 15,4 milhões de pessoas na Amazônia Legal foram afetadas, seja pela sobrecarga nos sistemas de saúde ou pela interrupção de serviços essenciais para minimizar a exposição à fumaça.
Do total de atingidos, 1.042 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas. "O número pode ser ainda maior, já que muitos municípios não reportaram dados sobre desalojados e desabrigados", alertou a CNM. Esse total é mais de trinta vezes maior do que o número de brasileiros desabrigados por incêndios florestais durante todo o ano de 2023, que foi de apenas 32 pessoas.
As consequências dessa onda de incêndios florestais também têm impacto econômico significativo, com um prejuízo estimado em R$ 1,3 bilhão para os municípios. "Essa situação ressalta a urgência de o Brasil implementar medidas concretas para prevenir e enfrentar desastres como os incêndios florestais, que afetam gravemente a saúde, o meio ambiente e o desenvolvimento do país", afirmou Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
A CNM também está mobilizando esforços no Congresso para coletar assinaturas necessárias para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que desvincule a aplicação de recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática do orçamento da União. A proposta destina 3% de toda a arrecadação anual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o fundo.
Da Redação com Congresso em Foco
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