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Focos de incêndios no Brasil crescem 76% em 2024

Os dados são comparados a igual período do ano passado; os focos no Pantanal cresceram alarmantes 1240% em relação a 2023


Nos últimos dois dias, o Brasil registrou mais de 2,3 mil focos de incêndio, totalizando 226,6 mil ocorrências este ano, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Este número representa um aumento alarmante de 76% em comparação ao mesmo período do ano passado.


incêndio florestal
Focos de incêndios no Brasil crescem 76% em 2024, afetando gravemente a Amazônia e o Pantanal - Foto: Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

A Amazônia é a região mais afetada, concentrando 49,4% dos focos detectados. O Cerrado, por sua vez, acumula 32,1% dos registros. O Pantanal, embora responda por apenas 6% do total, foi o bioma que mais cresceu em termos de incêndios, com um impressionante aumento de 1.240% em relação a 2023.


Apesar de alertas de chuvas intensas nas áreas do Pantanal e da Amazônia, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que, até dezembro, a Região Norte enfrentará chuvas abaixo da média histórica, o que pode exacerbar a situação. Somente no estado do Pará, foram identificados 466 focos de calor nas últimas 48 horas, enquanto Mato Grosso contabilizou 189.


Na região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, 826 focos de incêndio foram detectados recentemente. A área enfrenta um alerta de baixa umidade, aumentando o risco de incêndios florestais.


Para combater os incêndios, o governo federal mobilizou 3.732 profissionais e disponibilizou 28 aeronaves. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assegurou que o governo está ativamente monitorando e avaliando a situação, especialmente em resposta às mudanças climáticas que se tornam cada vez mais frequentes.


Agravante


A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou estado de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, no Amazonas, e nos rios Tapajós e Xingú, no Pará.


Essa seca extrema isolou comunidades na Amazônia e resultou em níveis críticos nos rios. Nesse domingo (13), o Rio Paraguai registrou a mínima histórica superando o recorde registrado em 1964, na estação do município de Ladário, em Mato Grosso do Sul.



Da Redação com Agência Brasil

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