Inflação: Custo da Cesta Básica Aumenta em 10 Cidades em Setembro

Alimentação consome mais de 50% do salário mínimo brasileiro

O valor da cesta básica de alimentos aumentou em 10 das 17 capitais brasileiras, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada entre agosto e setembro de 2024, revelou um aumento nos preços dos alimentos essenciais.

O preço dos alimentos que compõem a cesta básica consomem mais da metade do salário mínimo brasileiro - Foto: Reprodução/Web

As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (2,07%), Florianópolis (1,59%), Rio de Janeiro (1,56%), Vitória (1,56%) e Brasília (1,39%). Em contrapartida, as principais reduções ocorreram em Belém (-2,58%), Fortaleza (-2,31%) e Aracaju (-1,98%).

Dentre os produtos que mais impactaram a cesta básica, foi o preço do quilo do café em pó, que registrou a maior alta, variando entre 2,27% em Fortaleza e 12,48% em Campo Grande (MS). Outros itens que contribuíram para o aumento foram o óleo de soja, o leite UHT e a carne bovina, cujos preços subiram em 16 das 17 cidades analisadas.

Nos primeiros nove meses de 2024, a elevação nos preços médios da cesta básica foi significativa. São Paulo registrou uma alta de 4,13%, seguida por Rio de Janeiro (2,53%) e Campo Grande (2,43%). As reduções foram observadas em oito capitais, variando de -2,32% em Brasília a -0,37% em Natal.

A Cesta e o Mínimo

Ao comparar o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido — que considera o desconto de 7,5% referente à Previdência Social —, a apuração do Dieese mostra que o trabalhador que recebe o salário mínimo comprometeu, em média, 50,24% do rendimento em setembro de 2024, um leve aumento em relação aos 50,13% de agosto. Em setembro de 2023, esse percentual era ainda mais elevado, alcançando 53,09%.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica também sofreu uma leve variação, totalizando 102 horas e 14 minutos em setembro, em comparação a 102 horas e 01 minuto em agosto. No mesmo mês do ano anterior, a jornada média era de 108 horas e 02 minutos.

Da Redação com informações do Dieese