InfoGripe indica crescimento de síndromes respiratórias por covid-19
O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (26), indica um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à COVID-19. Os estados que mais registraram esse crescimento são Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.
Embora a análise mostre que São Paulo e Mato Grosso do Sul estão apresentando sinais de desaceleração no aumento de casos graves de SRAG por SARS-CoV-2, outras regiões ainda enfrentam desafios. As infecções por rinovírus, que afetam principalmente crianças e adolescentes até 14 anos, estão em queda em grande parte do Centro-Sul e Nordeste, exceto em Ceará e Pernambuco, que ainda reportam crescimento.
A Fiocruz alerta que dez dos 27 estados apresentam indícios de aumento na SRAG em uma tendência de longo prazo, incluindo Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.
Apesar da desaceleração em algumas áreas, a COVID-19 continua a ser a principal causa de mortalidade por síndrome respiratória entre os idosos, seguida pela influenza A. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, enfatiza a importância da vacinação, recomendando que todos os idosos e pessoas em grupos de risco procurem os postos de saúde para se vacinar contra a COVID-19.
As medidas de proteção, como o uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerados, são fundamentais, especialmente nas regiões com aumento de SRAG. A campanha de vacinação contra a influenza A já está em andamento e deve ser aproveitada por todos os elegíveis.
Prevalência de Casos
Nas últimas quatro semanas, a prevalência de infecções respiratórias foi de 34,6% para SARS-CoV-2 (COVID-19), 13% para influenza A, 5% para influenza B, 7% para VSR e 31,7% para rinovírus. Entre os óbitos, a COVID-19 foi responsável por 61,9% das mortes relacionadas a síndromes respiratórias.
Até o momento, o ano epidemiológico de 2024 já registrou 134.748 casos de SRAG, com 64.538 (47,9%) confirmados laboratorialmente como positivos para algum vírus respiratório. Os dados sobre positividade podem sofrer alterações significativas nas atualizações subsequentes, refletindo o fluxo de notificações e resultados laboratoriais.
Da Redação
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