Lei do Combustível do Futuro traz novas regras para produção e uso de biocombustíveis no país
Norma estabelece a criação de programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, entre outras medidas
Sancionada a Lei do Combustível do Futuro, que introduz novas diretrizes para a produção e uso de biocombustíveis no Brasil. O objetivo é impulsionar o uso de combustíveis sustentáveis no país. A nova norma é considerada um passo importante na luta contra as mudanças climáticas, com a meta de evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até 2037.
A partir de 2027, as companhias aéreas serão obrigadas a utilizar combustível sustentável para aviação, visando uma redução de 10% nas emissões de gases do efeito estufa em voos domésticos, dentro do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação. Além disso, a lei cria programas para diesel verde, biometano e aumenta a mistura de etanol e biodiesel em combustíveis, permitindo uma mistura de até 35% de etanol.
A quantidade de biodiesel adicionada ao diesel vendido ao consumidor final subirá gradativamente, aumentando 1 ponto percentual por ano. Embora a nova legislação dependa de regulamentação adicional, a expectativa é que o mercado reaja positivamente, acelerando a substituição do diesel por biometano, especialmente em veículos de carga.
Biometano
O biometano é um gás renovável obtido da purificação do biogás, gerado pela decomposição de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e dejetos animais. Ele não só é mais barato que o diesel fóssil, como também emite 89% menos gases de efeito estufa (GEE), em comparação ao gás natural, posicionando-se como uma alternativa viável na transição energética.
Renata Isfer, presidente da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), destacou que a nova legislação resolve um problema histórico no Brasil: "O caminhão não troca por biometano porque não tem posto de abastecimento, e o posto não vende porque não tem caminhão. Precisamos criar um ambiente propício para conectar essas duas pontas", concluiu.
Da Redação com BrasilAmazônia
Comments