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Foto do escritorRedação

Morre Cid Moreira, aos 97

Jornalista e radialista, tornou-se um ícone da TV brasileira com o famoso "boa noite" no Jornal Nacional, da TV Globo


Cid Moreira começou sua carreira no rádio, em 1944, depois de ser descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté, cidade onde nasceu, no interior de São Paulo. Nos anos seguintes, entre 1944 e 1949, ele narrou comerciais até se mudar para a Capital, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.


Radialista e jornalista Cid Moreira
O radialista morreu nesta quinta-feira com falência de múltiplos órgãos - Foto: Reprodução/Web

Em 1951, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Foi lá que, entre 1951 e 1956, começou a ter suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, na TV Rio.


Sua estreia como locutor de noticiários aconteceu em 1963, no “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio, o que marcou o início de sua carreira no jornalismo televisivo. Nos anos seguintes, trabalhou nesse mesmo programa em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, consolidando sua presença na televisão.


Estreia no Jornal Nacional


Em 1969, Cid Moreira voltou à Globo para substituir Luís Jatobá no “Jornal da Globo”. No mesmo ano, foi escalado para a equipe do recém-lançado “Jornal Nacional”, o 1º telejornal transmitido em rede no Brasil. A estreia ocorreu em setembro de 1969, e Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes.


Cid Moreira se lembra do nervosismo na estreia daquele que, em pouco tempo, seria o principal telejornal da televisão brasileira. “Eu chegava no horário de fazer o jornal, não participava da redação. Eu só ia para apresentar o jornal. Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: ‘Jornal Nacional…’ Aí comecei a perceber a dimensão”, revelou ao Memória Globo.


Dois anos depois, iniciou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin. Durante 26 anos, Cid foi o principal rosto do JN. Sua voz tornou-se sinônimo de credibilidade, e seu “boa-noite” diário marcou a televisão brasileira.


Em 1996, uma reformulação do programa trouxe novos apresentadores, William Bonner e Lillian Witte Fibe, com Cid Moreira dedicando-se à leitura de editoriais.


Em 2010, foi lançada a biografia “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira.


Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional por 27 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro há um mês, para tratar uma pneumonia, segundo informa o site G1 e, hoje, morreu por falência múltipla dos órgãos. O anúncio da morte do apresentador foi feito por sua esposa.



Com informações do G1



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