Morte do jornalista Vladimir Herzog completa hoje 49 anos
Projeto prevê que o dia da morte de Herzog seja marcado, oficialmente, como
o "Dia Nacional de Defesa da Democracia"
O dia 25 de outubro de 2024, marca o 49º aniversário do assassinato de Vladimir Herzog, o Vlado, um dos ícones da resistência contra a ditadura cívico-militar no Brasil. A morte do jornalista é considerada um dos principais marcos na luta pela democracia no país e continua a ressoar na memória coletiva.
Em dezembro de 2023, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou o Projeto de Lei (PL) 6.103/2023, que busca oficializar o dia 25 de outubro como o Dia Nacional da Democracia. Essa data não só homenageia a memória de Herzog, mas também ressalta a importância da reflexão sobre os valores democráticos e os direitos humanos.
Vladimir Herzog foi preso pelo Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), órgão responsável pela repressão e tortura durante o regime militar. Seu atestado de óbito, fraudulento, foi emitido como "suicídio" e, posteriormente, o motivo alegado foi desmentido.
Herzog foi acusado de ter vínculos com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, após ser torturado, foi encontrado morto em sua cela, supostamente, por enforcamento, usando um cinto e ajoelhado no chão. Contudo, em 1978, a Justiça brasileira condenou a União pelo crime.
Nascido em 1937 na Croácia, Vlado Herzog se naturalizou brasileiro, mudou seu nome para Vladimir e se estabeleceu em São Paulo, onde iniciou sua carreira jornalística em 1959. Trabalhou em importantes veículos de comunicação, como a BBC e o jornal O Estado de São Paulo, além de lecionar telejornalismo na FAAP e na Escola de Comunicações e Artes da USP.
Em homenagem ao seu legado, o Instituto Vladimir Herzog foi fundado para promover a defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão, concedendo anualmente um dos prêmios de jornalismo mais respeitados do Brasil.
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