PGR deve receber, ainda hoje, relatório que indiciou Bolsonaro e mais 36
Equipe que trabalha com Gonet é a mesma que denunciou envolvidos no 8 de janeiro
O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, deve receber, nesta terça-feira (26/11), as mais de 800 páginas do relatório final do inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado, supostamente orquestrada por militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que agora o enviará ao PGR para análise.
O inquérito envolve 37 indiciados, entre eles um ex-presidente, ex-ministros, generais e outros oficiais do Exército. O PGR, Paulo Gonet, terá um papel fundamental na próxima fase do processo, analisando o relatório para decidir se solicita mais diligências, formaliza uma denúncia ou pede o arquivamento, caso entenda que não há elementos suficientes para acusação.
O trabalho de Gonet e sua equipe, a mesma que denunciou os envolvidos no 8 de janeiro, será minucioso e deve levar tempo, considerando a complexidade e o número de envolvidos. Em sua análise, o PGR poderá oferecer denúncias por diferentes crimes, o que pode atrasar a conclusão do processo. O caso, que será julgado pela Primeira Turma do STF, tem grande relevância para o cenário político e jurídico do país.
Paulo Gonet conta com o apoio do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), coordenado por Joaquim Cabral da Costa Neto, que já atuou na Procuradoria Eleitoral. O GCAA foi essencial na formulação das denúncias contra os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em condenações de centenas de envolvidos em atos antidemocráticos. Gonet, conhecido por seu estilo detalhista, tem a responsabilidade de analisar o relatório com a profundidade exigida pela gravidade do caso.
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