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Polícia Federal Apreende R$ 790 mil em Operações Contra Crimes Eleitorais

Ministra Carmen Lúcia demonstra preocupação com possível plano de infiltração de facções criminosas no cenário político do país


Na tarde desta segunda-feira (30/9), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação em Alagoas, apreendendo um total de R$ 790 mil em duas ações distintas. A primeira apreensão ocorreu na cidade de São Miguel dos Campos, onde os agentes interceptaram um veículo após receberem denúncias sobre o transporte de uma grande quantia em dinheiro, supostamente destinada a campanhas eleitorais. Durante a abordagem, foi encontrado um saco contendo R$ 300 mil.


Polícia Federal
PF apreende grande quantia em dinheiro que, povavelmente, seria usado para compra de votos em Alagoas - Foto: Divulgação/PF

Simultaneamente, no município de Arapiraca, a PF apreendeu R$ 490 mil em outra operação. Os agentes, após investigar denúncias relacionadas a crimes eleitorais, como a compra de votos, realizaram uma busca pessoal e localizaram a quantia na mochila de um homem.


Ambas as apreensões são parte de uma série de ações da Polícia Federal para combater a corrupção nas eleições. Todos os valores foram devidamente confiscados e os suspeitos levados à sede da PF para esclarecimentos.


A origem e o destino do dinheiro estão sob investigação, com dois inquéritos abertos para apurar possíveis delitos, incluindo compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.


Crime Organizado


"O crime organizado busca influenciar as eleições e formular leis no país". A afirmação é da ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "Por isso, é preciso que a Justiça apresente uma resposta imediata a essa tentativa", disse a Ministra no final de setembro, em entrevista ao jornal O Globo.


Ministra Carmen Lúcia, presidente do TSE
A ministra afirmou que a Justiça tem "estratégia robusta" para garantir a segurança das eleições - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A presidente do TSE destaca que o plano das facções é "bastante grave" e não pode ser subestimado. Nesse sentido, segundo ela, a Justiça tem feito um cruzamento de dados para acompanhar o tema.


O trabalho é feito por um grupo de especialistas do Ministério Público e da PF no sentido de verificar se pedidos de registro de candidatura foram feitos por pessoas envolvidas em processos ligados a organizações criminosas.


De acordo com ela, existe o risco de que a tentativa de infiltração dos criminosos na política alcance as esferas estaduais e até nacionais. “É grave esse atrevimento criminoso”, disse.


Ainda sobre a atuação das facções, a ministra afirmou que a Justiça traçou uma “estratégia robusta” para garantir a segurança das eleições. O plano envolve todas as polícias estaduais e federais e conta ainda com o reforço das Forças Armadas.


Ela acrescenta que nestas eleições, pela primeira vez, foi determinado que houvesse a presença de um juiz em todos as cidades do país no dia da eleição. “Essa estratégia foi implementada para que os eleitores se sintam seguros e protegidos, tanto física quanto legalmente, em todo o território nacional”, concluiu.



Da Redação

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