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Por um Fio: Brasil Corre Risco de Retorno da Poliomielite

Desde 2016, o Brasil não alcança a meta de vacinação recomendada pela OMS e corre o risco de reintrodução da pólio no território nacional


Uma doença erradicada há décadas no Brasil, pode voltar a infectar crianças no país. E as consequências são sérias. A poliomielite é uma doença grave que ataca o sistema nervoso, principalmente a medula e o cérebro. A paralisia geralmente afeta apenas uma das pernas e se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica.


pernas de criança em cadeira de rodas com paralisia por poliomielite
A poliomielite é doença grave que só pode ser evitada por meio da vacina - Foto: Reprodução/Web

A principal forma de transmissão é a fecal-oral, e sua prevenção é realizada somente por meio da vacina, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Só ela pode garantir que seu filho ou filha não contraia a doença.


Desde 2016, o Brasil tem apresentado queda nas taxas de cobertura vacinal contra a doença. Por isso, o país não tem alcançado a meta, estabelecida como ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 95% de crianças imunizadas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, a cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano no país ficou em 84,6%.


Consequências


A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode causar implicações como:


• Paralisia motora permanente, que é a perda dos movimentos;


• Insuficiência respiratória, que é a dificuldade do pulmão em manter os níveis de oxigênio e dióxido de carbono arteriais dentro dos níveis normais;


• Morte, caso a infecção atinja os centros nervosos que controlam a deglutição (ato de engolir os alimentos) e os músculos respiratórios;


• Problemas e dores nas articulações;


• Pé torto, também conhecido como pé equino, que impede a pessoa de andar normalmente;

• Crescimento diferente das pernas, que pode causar escoliose.


Imunização


Apesar de o Brasil ter erradicado o poliovírus selvagem do território nacional desde 1989 — como resultado da intensificação da vacinação —, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a importância de imunizar as crianças.


criança tomando vacina contra pólio
A vacina é segura e deve ser aplicada conforme orientação do Ministério da Saúde - Foto: Reprodução/Web

"A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer a vacinação."


Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha.


O Ministério da Saúde ressalta que a imunização é a principal forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação.


Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura. Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.


Para mais informações, acesse o site aqui.


A poliomielite foi erradicada no Brasil em 1994, após a campanha de vacinação contra a paralisia infantil, que criou o personagem Zé Gotinha.



Da Redação com Brasil61

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