Sequenciamento genético em tempo real agiliza identificação de bactérias resistentes a antibióticos
Métodos existentes podem levar horas e até dias para fazer a identificação
A resistência a antibióticos é uma preocupação crescente na saúde pública, e um novo avanço no sequenciamento genético promete transformar o diagnóstico quando se trata de bactérias resistentes. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) participaram de um estudo com técnica inovadora que realiza o sequenciamento genético desses microrganismos em tempo real, superando as limitações dos métodos tradicionais, que podem levar de horas a dias para fornecer resultados.
Os diagnósticos atuais geralmente dependem da cultura de bactérias, que, embora eficazes, são lentos e podem resultar em detecções incompletas. A nova técnica, testada com sucesso em laboratório, oferece uma solução rápida e precisa.
"O tempo de resposta atual pode se estender por até 48 horas, o que pode atrasar o tratamento adequado de infecções. Em casos de organismos multirresistentes, essa agilidade é crucial para evitar a deterioração do paciente", afirma Samir Vargas da Fonseca Atum, doutorando em bioquímica no Instituto de Química (IQ) da USP e um dos autores do estudo.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Communications, em 28 de junho, destacando a importância do sequenciamento genético na luta contra a resistência bacteriana.
Com a nova abordagem, espera-se uma melhoria significativa na detecção de marcadores de resistência, incluindo aqueles raros ou novos, que não são facilmente identificáveis por métodos padrão.
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