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TSE quer entender aumento da taxa de abstenção nas eleições 2024

Do primeiro para o segundo turno das eleições deste ano, o número de eleitores que se abstiveram de votar subiu 7,92%


A taxa de abstenção no segundo turno das eleições municipais de 2024 aumentou, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, anunciou que a Justiça Eleitoral realizará uma pesquisa para identificar as causas da abstenção e buscar estratégias para reduzir o não comparecimento nas próximas eleições de 2026. As ausências subiram de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segundo turno.

divulgação do resultado das eleições 2024
TSE investigará causas do aumento da taxa de abstenção - Foto: Divulgação/TSE

Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a situação não foi diferente. No domingo (27/10), 186 mil eleitores deixaram de comparecer às urnas, resultando em uma taxa de abstenção de 28,6%.


“Observamos um aumento na abstenção no segundo turno. Fatores climáticos e outros problemas contribuíram para isso. Precisamos investigar e aprimorar nossos processos. Vamos coletar dados específicos de cada local e buscar soluções,” afirmou Cármen Lúcia em entrevista coletiva.


De acordo com a ministra, o TSE realizará uma pesquisa com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para identificar os principais obstáculos ao comparecimento dos eleitores em diversas localidades. Ela se comprometeu a apresentar um relatório antes da diplomação dos candidatos eleitos em dezembro.


Historicamente, a abstenção tende a aumentar entre o primeiro e o segundo turno, muitas vezes devido ao descontentamento dos eleitores com as opções de candidatos. As eleições de 2024 registraram o segundo maior índice de abstenção da história, ficando atrás apenas de 2020, quando a pandemia de covid-19 resultou em 23,2% de ausências no primeiro turno e 29,5% no segundo.


Cármen Lúcia destacou que o TSE precisa tratar localmente as variáveis que afetam a abstenção. “Alguns municípios apresentaram 16% de abstenção, enquanto outros chegaram a 30%,” explicou.


No Amazonas, a abstenção foi inferior à média nacional, apesar dos desafios de transporte devido à baixa dos rios. Manaus, única cidade do estado a realizar segundo turno, registrou 23,61% de ausências, em comparação com 19,94% no primeiro turno e 22,23% no segundo turno de 2020.


“Ao contrário das expectativas, no Amazonas, onde havia preocupação com a estiagem, observamos um índice de abstenção menor que a média nacional. Isso pode ser reflexo da atenção da Justiça Eleitoral,” declarou a ministra.


Em Porto Velho, a forte chuva no dia da votação contribuiu para um aumento na abstenção, especialmente entre eleitores idosos, resultando em 30,63% de ausências, um aumento em relação ao primeiro turno (19,37%), mas uma redução em relação ao segundo turno de 2020 (34,18%).


O TSE também forneceu estatísticas sobre as eleições deste ano. Belém foi a primeira cidade a ter resultado definido, com a proclamação do candidato eleito às 17h30. No total, 171 urnas foram substituídas nos dois turnos, representando apenas 0,12% no segundo turno e 0,63% no primeiro. Tocantins não registrou substituição de urnas nem votação manual em nenhuma seção.


O aplicativo e-Título recebeu 740.388 justificativas por georreferenciamento (para eleitores fora do município de votação) e 83.363 justificativas de eleitores no exterior.


Cármen Lúcia enfatizou que a democracia é um espaço de convivência civilizada e que o TSE continuará seu trabalho para garantir a integridade do processo eleitoral. “Amanhã, recomeçaremos nossos trabalhos, pois as eleições devem continuar de forma tranquila e segura,” afirmou.


O segundo turno das eleições municipais, realizado em 51 cidades brasileiras, foi marcado pela tranquilidade, com poucos incidentes e resultados positivos. Durante o domingo, 97 mil urnas eletrônicas foram utilizadas, com apenas 0,12% necessitando de substituição.


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