WWF Revela Declínio Alarmante da Vida Selvagem no Planeta

Organização afirma que o declínio foi de assustadores 73% nos últimos 50 anos; "Não é exagero dizer que o que acontecer nos próximos cinco anos vai determinar o futuro da vida na Terra", alerta a WWF

Um recente relatório da ONG World Wide Fund for Nature (WWF), divulgado nesta quinta-feira (10/10), traz um alerta sobre o "declínio catastrófico" das populações de vida selvagem, com redução média de 73% nas últimas cinco décadas. A América Latina e o Caribe enfrentaram uma queda devastadora de 95% em suas populações selvagens. A WWF destaca que os próximos cinco anos serão cruciais para determinar o futuro da Terra e a sobrevivência das espécies.

O relatório, intitulado "Planeta Vivo", revela que a diminuição da vida selvagem abrange desde elefantes em florestas tropicais até tartarugas-de-pente, na Grande Barreira de Corais. A análise, que abrange dados de quase 35 mil populações de 5.495 espécies — incluindo aves, mamíferos, anfíbios, répteis e peixes —, revela que os ecossistemas de água doce estão entre os mais afetados, com uma redução "assustadora" de 85%.

Vida selvagem: População de botos-cor-de-rosa diminuiu em 60% na Amazônia - Foto: Reprodução/Web

Fatores como perda de habitat, poluição e exploração excessiva de recursos naturais têm contribuído significativamente para essa crise. Mike Barrett, consultor científico da WWF, enfatiza que a maneira como produzimos e consumimos alimentos é um dos principais impulsionadores dessa destruição.

A diretora-geral da WWF Internacional, Kirsten Schuijt, declara que "a natureza está emitindo um pedido de socorro". O relatório também aponta que a degradação dos ecossistemas compromete a capacidade da Terra de fornecer serviços essenciais, como ar limpo e água potável, e que muitos habitats estão próximos de "pontos de inflexão" perigosos.

Casos específicos, como o declínio de 60% das populações de botos cor-de-rosa na Amazônia e a redução de 57% das tartarugas-de-pente na Austrália, revelam a gravidade da situação. O documento destaca que o que ocorrer nos próximos cinco anos será decisivo para o futuro da vida na Terra e que ações imediatas são essenciais para reverter essa tendência alarmante.

Da Redação com Agência Brasil