Tanchagem: A PANC medicinal com benefícios surpreendentes para a saúde
De nome científico, Plantago major, a tanchagem, tansagem ou transagem, como é popularmente conhecida, é uma das plantas medicinais mais benéficas para a saúde, porém é pouco conhecida. Ela é infestante e chamada de "mato" ou "erva daninha" por quem não a conhece. A planta é nativa dos países do Mediterrâneo e da Ásia, é cultivada em vários países e, também, pode ser encontrada nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Ainda pouco conhecida, a planta tem diversos benefícios e é tema de vários estudos científicos sobre suas propriedades medicinais, inclusive, como auxiliar no controle do açúcar no sangue. A planta também é usada para auxiliar no tratamento de gripes, resfriados e inflamações, principalmente das vias aéreas e tubo digestivo, além de prevenir o aparecimento de úlceras e diarreia.
A tanchagem é rica em flavonoides, alcaloides, terpenoides, iridoides, mucilágenos e outros compostos que possuem propriedades antibacterianas, antivirais e anti-inflamatórias, principalmente.
Segundo o Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas (Ceplamt), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as sementes são indicadas para o tratamento de constipação crônica e síndrome do cólon irritável e, as folhas, como expectorante e inflamações da pele e mucosas.
Na culinária, as sementes, levemente torradas, podem ser espalhada sobre saladas e, ainda, podem ser usadas em pães, biscoitos, bolos e outros produtos de panificação. Cruas, elas substituem a semente de linhaça, já que a mucilagem que elas produzem é rica em nutrientes, podendo substituir os ovos em algumas receitas, melhorando a qualidade nutricional dos produtos de panificação. Por ser uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), as folhas jovens da tanchagem também podem ser usadas na culinária, em saladas, sopas e outros pratos.
Também podemos usar as folhas em cataplasmas, compressas, tinturas, chás e até em sucos, preparado com 2 colheres de sopa de folhas frescas picadas, batidas no liquidificador com uma xícara de água fria. Depois, coar e tomar em jejum. A planta pode ser comprada em lojas de produtos naturais, algumas farmácias e feiras livres.
Contraindicações
A tanchagem está contraindicada para grávidas, mulheres que estejam amamentando e pacientes com problemas de coração. Além disso, não é indicado para pessoas que possuem obstrução intestinal e hipotensão (pressão baixa). Também não é indicado o uso antes de procedimentos cirúrgicos.
Portadores de diabetes precisam consultar o médico, antes de fazer uso da tanchagem, já que as sementes podem baixar muito os níveis de açúcar no sangue, podendo causar hipoglicemia.
Em relação às crianças, o uso da tanchagem deve discutido e orientado pelo pediatra, isso porque, até o momento, não foram realizados estudos dos efeitos dessa planta em crianças.
Cristina Viduani é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais. Entre em contato.
Como as Terapias Complementares ajudam no tratamento de
transtornos mentais
As chamadas Terapias Alternativas ou Complementares ou, ainda Integrativas, são termos que usamos quando nos referimos às práticas terapêuticas que complementam os tratamentos de saúde tradicionais. Qualquer prática que não se enquadra no tratamento médico tradicional do Ocidente, é chamada de "Terapia Alternativa" ou "Terapia Holística".
Há dezenas de terapias alternativas que, cada vez mais, crescem em tamanho e popularidade no Brasil. Muitas delas são oriundas de países orientais cujas práticas são milenares. Apesar de não serem reconhecidas pela comunidade médica tradicional (do Ocidente), são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde do Brasil.
As técnicas dessas medicinas já foram, e continuam sendo, questionadas no mundo da medicina ocidental. Entretanto, alguns médicos(as) já começam a entender o uso de plantas medicinais, fitoterápicos e até da terapia floral ou aromaterapia, e muitos desses profissionais já fazem recomendações para o uso delas. Estudos já demonstram que essas práticas proporcionam melhoria no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas.
Ainda hoje, a maioria de nós procura um médico quando o assunto é o tratamento doenças físicas ou psicológicas. Quando se fala em depressão, vamos em busca de medicamentos - quase sempre bem perigosos - normalmente receitados por um psiquiatra.
Benefícios das Terapias Complementares
Podemos afirmar que as terapias integrativas são opções possíveis e, realmente, válidas para complementar o tratamento e a prevenção de transtornos mentais, ajudando a manter a saúde mental e física sempre em equilíbrio. Além disso, o número de pessoas que optam por elas vem crescendo a cada ano e não é à toa. Então, você precisa saber que existem, sim, tratamentos para depressão, por exemplo, que vão além de psicólogos ou psiquiatras.
A depressão é caracterizada pelo estado emocional e, até mesmo espiritual das pessoas. Assim, os tratamentos alternativos para depressão e demais transtornos influenciam, principalmente, nossas crenças, pensamentos, autoestima, perspectiva de vida e humor.
As terapias complementares têm uma visão diferenciada e completa do ser humano e isso é a chave para a resolução de vários problemas ligados à mente e, consequentemente, ao corpo físico.
Muitas são voltadas para o interior do indivíduo, tratando suas crenças, padrões mentais e de comportamento, percepções sobre si mesmo e feridas do passado que teimam em não cicatrizar.
Algumas outras focam no físico, como a quiropraxia e a massoterapia. Estas ajudam a melhorar a postura corporal e remover a tensão de músculos e regiões doloridas do corpo.
E, além disso, as pessoas portadoras de doenças crônicas que afetam os ossos, músculos ou tendões também podem se beneficiar com essas técnicas.
Quem deve buscar as terapias alternativas?
Primeiro, é preciso lembrar que, se você está em busca de tratamentos para questões emocionais que vão além dos medicamentos tradicionais, é importante discutir as opções com seu médico e/ou psicólogo. São eles que vão avaliar e recomendar as terapias complementares ao tratamento que você já faz.
Mas, atenção: as terapias alternativas podem ser utilizadas em conjunto com esses profissionais, preferencialmente após uma conversa com eles, mas nunca como substitutas desses tratamentos.
Com os remédios naturais ou caseiros para a depressão, é o mesmo esquema: podem ser excelentes complementos que promovem o bem-estar e o aceleramento da cura, entretanto, devem ser usados somente se recomendados pelo seu psicólogo ou psiquiatra.
Entretanto, antes de começar de sair por aí testando todas as terapias alternativas que desejar, você precisa entender o papel delas no apoio ao tratamento de transtornos mentais. E é importante reforçar que o tratamento psicológico e o acompanhamento médico são essenciais para a recuperação da pessoa que apresenta um transtorno mental.
A prevenção é sempre o melhor remédio
Se o seu foco é a prevenção, as opções são diversas e vai do que você se adapta melhor. Terapia Floral, Aromaterapia, Plantas Medicinais, Fitoterapia, Acupuntura, Meditação e várias outras terapias podem ser recomendáveis para o seu caso.
As terapias alternativas podem, ainda, ser usadas para cultivar o bem-estar, o equilíbrio emocional e a qualidade de vida. Por se tratarem de técnicas naturais, podem ser usadas livremente como complemento ou prevenção. Basta apenas certificar-se da qualificação do profissional que vai lhe atender. Isso evita que você seja levada(o) a terapeutas despreparados.
Os benefícios são muitos. Imagine: se você convive com um passado mal resolvido ou questões emocionais estressantes, como uma demissão, a perda de um ente querido ou separação, pode optar pelas terapias alternativas para descarregar sentimentos e recomeçar. O mesmo para o tratamento e prevenção do transtorno de ansiedade, tão comum nos dias de hoje.
Você poderá, enfim, administrar o seu presente com clareza, simultaneamente aprendendo a lidar com a adversidade e a solucionar seus problemas sem uma carga de medicamentos que, se o problema for inicial, podem te fazer mais mal do que bem.
Além de tudo isso que te contei acima, procure mudar seus hábitos de vida. Faça exercícios físicos, tenha uma alimentação saudável, não consuma ultraprocessados, prefira o natural ao industrializado, beba bastante água, evite o cigarro e as bebidas alcoólicas e busque pelo autoconhecimento. E, se dejar começar a terapia, confira como é simples aqui.
O mais importante é você sentir-se bem!
Cristina Viduani é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais. Entre em contato.
Afinal, cúrcuma e açafrão
são a mesma coisa?
Apesar das semelhanças em suas propriedades medicinais, o açafrão e a cúrcuma são plantas diferentes
Vamos esclarecer, neste artigo, que cúrcuma e açafrão não são a mesma coisa. Ambos são especiarias diferentes, mas com propriedades medicinais semelhantes.
Cúrcuma
A Curcuma longa L., conhecida popularmente como açafrão-da-terra, açafrão-da-índia ou, simplesmente, cúrcuma, é uma raiz herbácea da família do gengibre. A parte mais utilizada é o rizoma (a "batata" que fica embaixo da terra), que é seco e transformado em pó. A cúrcuma é rica em curcumina, demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina, compostos bioativos com ação antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória.
Açafrão
Vem dos estigmas de flores da planta Crocus sativus, originária do sudeste da Europa e sudoeste da Ásia. O açafrão é rico em crocina, crocetina, safranal e canferol, compostos bioativos, também com ação anti-inflamatória e antioxidante.
A cúrcuma é muito utilizada na culinária e na medicina tradicional, principalmente na Índia e em outros países asiáticos. No Brasil, foi introduzida na época colonial e hoje cresce de forma espontânea em várias partes do país e tem preço relativamente baixo.
Já o açafrão é uma especiaria cujo preço costuma ser bastante elevado nos mercados. A especiaria é extraída dos pistilos das flores, são colhidos manualmente, um a um e, por isso, é muito mais caro que a cúrcuma. Além disso, o sabor é bem diferente do sabor da cúrcuma.
Enquanto o açafrão tem um tom vermelho-alaranjado intenso e um sabor distintamente floral e levemente amargo, a cúrcuma tem uma cor amarelo-alaranjada intensa e um sabor terroso e levemente amargo.
Resumindo:
• Origem: a cúrcuma vem da raiz da planta Curcuma longa, enquanto o açafrão vem dos estigmas da flor Crocus sativus;
• Cor e Sabor: a cúrcuma tem uma cor amarelo-alaranjada e um sabor terroso, enquanto o açafrão tem uma cor vermelho-alaranjada e um sabor floral;
• Componentes Ativos: a cúrcuma contém curcumina, enquanto o açafrão contém crocina, crocetina, safranal e canferol, entre outros compostos;
• Benefícios: ambos têm propriedades antioxidantes, mas a cúrcuma é mais conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, enquanto o açafrão é mais associado a benefícios para a saúde ocular e cerebral, além de ser usado como tempero luxuoso...
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Cristina Viduani é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais. Entre em contato.
Saiba a diferença entre plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos
Eles são quase a mesma coisa e, tanto as plantas quanto os fitoterápicos, podem fazer mal à saúde, se tomados indiscriminadamente
Primeiro, vamos esclarecer o que significa o termo Fitoterapia. Esse nome foi dado ao método terapêutico que faz uso de medicamentos à base de plantas ou de derivados vegetais, que têm origem no conhecimento e no uso popular. Essas são as plantas que chamamos de "medicinais".
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), os fitoterápicos estão inseridos nas chamadas medicinas tradicionais, complementares e integrativas (MTCI), denominação que se refere um amplo conjunto de práticas de atenção à saúde baseado em teorias e experiências de diferentes culturas utilizadas para promoção da saúde, prevenção e recuperação, levando em consideração o ser integral em todas as suas dimensões.
Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada N°26, de maio de 2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), plantas medicinais são qualquer espécie vegetal, cultivada ou não, empregada com fins terapêuticos. Elas podem estar na forma fresca ou seca, inteira ou em partes.
"Remedinho caseiro"
Entretanto, esses chás e infusões que fazemos em casa, não devem ser tomados indiscriminadamente porque as plantas liberam princípios ativos, fitoquímicos e outras substâncias na água, que podem causar interações entre este medicamento e algum outro medicamento que a pessoa esteja tomando, ou entre o medicamento e algum alimento, causando efeitos nocivos no organismo. Então, o natural pode fazer mal, sim e não podemos tomar qualquer "remedinho caseiro" como se fossem totalmente inofensivos.
No Brasil, não existe a cultura de consultas a um(a) fitoterapeuta, infelizmente. A cultura aqui é, infelizmente de novo, tomar qualquer chá para qualquer sintoma. Não devemos fazer isso! Porque os chás também podem ser considerados fitoterápicos, pois são uma forma de utilizar plantas medicinais para tratar, aliviar ou prevenir doenças.
A fitoterapia é uma prática que envolve o uso de plantas medicinais, e os chás são uma forma tradicional e mais suave de método terapêutico. Os princípios ativos dos fitoterápicos podem ser extraídos de diversas partes da planta, como as raízes, folhas, flores e sementes.
No entanto, os chás de supermercado, em saquinhos, não são considerados fitoterápicos porque não têm efeito terapêutico. É importante ressaltar, novamente, que todos os fitoterápicos têm efeitos colaterais e contraindicações, portanto, cuidado ao usá-los.
Chás e infusões devem ser sempre indicados por um fitoterapeuta ou profissional habilitado. Esse é o profissional que vai analisar seu caso e fazer a indicação correta só para você.
Fitoterápicos
Os fitoterápicos são produtos naturais que passam por um processo de industrialização e são reconhecidos e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quando a planta medicinal passa por um processo de manipulação em laboratório para extrair dela um medicamento, o resultado é o medicamento fitoterápico. O processo de manipulação em farmácias autorizadas evita contaminações por micro-organismos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso.
Podem se apresentar na forma de extrato, óleo fixo ou volátil, cera, cápsulas, entre outros. Além disso, são classificados em simples, quando provém de uma única espécie vegetal, ou composto, quando é proveniente de mais de uma espécie.
E esses medicamentos também devem sempre ser indicados por fitoterapeutas ou profissionais habilitados.
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Você sabia que a Camellia sinensis é a "mãe" dos chás?
Apesar da palavra "chá" ser usada para se referir a todas as ervas, flores, especiarias e até mesmo frutas desidratadas - que são colocadas em imersão na água quente -, apenas as bebidas produzidas com essa planta, a Camellia sinensis, podem ser chamadas, verdadeiramente, de "chá".
Entretanto, tecnicamente, o chá da Camellia sinensis é feito a partir da infusão de suas folhas e brotos. A partir daí, podemos, então, chamar qualquer infusão de "chá", embora não esteja totalmente correto. Enfim, tudo é uma questão de semântica, né mesmo?
A Camellia sinensis é uma planta arbustiva, de origem chinesa e é usada há milhares de anos pelos orientais. É das folhas desse arbusto que vem o famoso chá verde, com efeito termogênico, ficou famoso por ajudar a emagrecer. Porém, não só ele: da mesma planta vem o chá branco e o chá preto.
Mas, se vem da mesma planta, por que tem nomes diferentes? A diferença fica por conta do tempo de maturação das folhas. Para o chá branco, por exemplo, as folhas e os brotos são colhidos antes das flores se abrirem, quando ainda estão cobertos por uma fina penugem que resulta num aspecto prateado, aí a origem do nome. É uma versão menos processada porque, ao contrário dos outros, não passa por fermentação.
Então, apesar do chá verde ser mais famoso, o chá branco é ainda mais eficaz que o o verde. O branco tem mais polifenóis e cacequinas, substâncias antioxidantes que combatem o envelhecimento e previnem doenças. Também é diurético, estimula a queima calórica, em alguns casos, pode controlar a pressão arterial e diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL).
Já o chá verde, é o mais comum. É mais fácil de ser encontrado e é mais barato. Também tem efeito termogênico, ou seja, colabora com o emagrecimento pois acelera o metabolismo e ainda é antioxidante, diurético e estimula queima calórica. Mas, passa por processo de fermentação. Entretanto, é chamado de verde porque as folhas da erva sofrem pouca oxidação durante o processamento, diferentemente das folhas do chá-preto.
O chá preto tem benefícios semelhantes, porém, é o mais pobre em nutrientes (tem mais tempo de fermentação e sofre maior oxidação), mas tem maior concentração de cafeína. A colheita das folhas é mais tardia e a fermentação é mais longa, porém ele também traz benefícios à nossa saúde.
Veja o que cada um faz por você
Chá branco: É termogênico e antioxidante. Fonte de vitaminas C, B e K, cafeína, manganês, antioxidantes, polifenóis, potássio e ácido fólico. Atua como termogênico e acelera o metabolismo, neutraliza a ação dos radicais livres sobre as células, é diurético, diminui o colesterol ruim (LDL), queima gorduras e ainda contribui para inibir mutações celulares que podem provocar doenças como o câncer. Ele ainda tem ação anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, melhora o humor, alivia o estresse, controla o colesterol e protege o sistema imunológico.
Chá verde: Também é termogênico, diurético e rico em polifenóis e catequinas, que ajudam na redução da gordura corporal. Ótima fonte de vitamina C, B1 (tiamina) e B2 (riboflavina) e potássio. É rico em tanino (antioxidante), diminui o colesterol ruim (LDL), além de colaborar na prevenção de doenças cardiovasculares, fortalecendo veias e artérias do nosso corpo. Estudo têm demonstrado que o chá verde pode prevenir o mal de Parkinson.
Chá preto: Tem grande quantidade de cafeína, além de também contar com flavonoides, taninos e polifenóis, compostos com ótima ação antioxidante.Essas substâncias conferem à bebida a capacidade de proteger as células sadias do nosso organismo contra o envelhecimento precoce, neutralizando a ação dos radicais livres.
Também é termogênico e colabora no emagrecimento, atua na prevenção de doenças cardiovasculares, é bom para a digestão e, ainda, ajuda na saúde mental porque é rico em L-teanina, aminoácido responsável pelo aumento de neurotransmissores como o GABA, serotonina e dopamina, qua atuam na regulação do humor e controle da ansiedade.
Contraindicações:
Esses chás são excelentes, porém não são todas as pessoas que podem tomá-lo!
Essas 3 bebidas não são indicadas para gestantes ou lactantes, além de pessoas que têm pressão alta, úlceras gástricas, diabetes, problemas cardíacos, problemas no fígado, renais ou de insônia. Evite o consumo.
Especialmente, o chá preto não deve ser ingerido após as refeições porque a alta concentração de cafeína atrapalha a absorção de vitaminas e minerais pelo organismo.
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Cristina Viduani é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais. Entre em contato.
Pitanga. Que bem que faz?
Ela é pequenininha, mas é poderosa! A pitanga é rica em vitaminas A, B e C, cálcio, fósforo, ferro e compostos fenólicos como flavonóides, carotenóides e antocianinas com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, analgésicas e anti-hipertensivas, ou seja, ela ajuda a baixar a pressão.
A frutinha auxilia no combate ao envelhecimento precoce, melhorando a pele, também nos sintomas de artrite e gota, nos problemas respiratórios e no desenvolvimento de doenças cardiovasculares também.
Mas, o que talvez vc não saiba, é que as folhas da pitangueira são igualmente excelentes para fazer infusão. Porém, muita atenção: o chá só deve ser ingerido com acompanhamento médico ou de um fitoterapeuta porque ele pode interferir no medicamento de quem faz tratamento para hipertensão.
Então, se vc tem pressão alta e toma remédio pra isso, não tome chá de folha de pitangueira sem orientação de profissionais capacitados.
E, olha, todas as postagens que trago aqui pra vocês têm caráter informativo apenas. Não se automedique com plantas medicinais, nem com remédios de drogarias. E se vc está fazendo tratamento convencional com seu médico, jamais abandone! Continue se tratando, mas sempre com acompanhamento médico.
Cristina Viduani é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais. Entre em contato.
Outubro Rosa, a linhaça e o câncer de mama
Você sabia que as sementes de linhaça (Linum usitatissimum L.) são, hoje, o melhor alimento funcional que existe no mundo? Por isso, tem despertado o interesse da comunidade científica devido à atividade biológica de seus componentes (que são muitos).
Mas, vamos falar da relação entre essas sementinhas poderosas e o câncer de mama. A linhaça é muito rica em ômega 3 que atua na prevenção do câncer e, ainda, contém substâncias consideradas como quimioprotetoras. Sua estrutura química assemelha-se ao estrogênio humano.
De acordo com estudos experimentais, realizados com animais e humanos, a semente de linhaça é rica em lignana e outros componentes, que mostraram ter efeito fracamente estrogênico e antiestrogênico, revelando influência na diminuição do risco de câncer de mama.
Recomendo utilizar 2 colheres de sopa de farinha de linhaça ao dia, com qualquer alimento. Combina bem com frutas, iogurte natural ou qualquer outro alimento. O ideal é comprar as sementes e triturar na hora, ou então, triturar a quantidade necessária para 2 ou 3 dias e guardar na geladeira em pote de vidro fechado.
Pode proteger também contra o câncer de próstata nos homens e para o bom funcionamento dos intestinos nas crianças e adolescentes, sendo portanto um excelente alimento funcional para toda a família.
O seu consumo ajuda a melhorar a prisão de ventre, ajudar a controlar o açúcar no sangue, diminuir o colesterol porque é rica em fibras e ômega 3, reduz o risco de doenças cardiovasculares e reduz inflamações no corpo.
Além de tudo, é bem baratinha!
Cristina é jornalista, fitoterapeuta e especialista em plantas medicinais.